Transtorno Bipolar: 5 Formas de Compreender e Gerenciar os Altos e Baixos

Tempo de leitura: 8 minutos

O transtorno bipolar é uma condição psiquiátrica que afeta o humor, a energia e o comportamento de uma pessoa.

Quem tem transtorno bipolar pode experimentar episódios de euforia, chamados de mania, e episódios de tristeza, chamados de depressão.

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Esses episódios podem alternar-se ou misturar-se, causando instabilidade emocional e dificuldades no dia a dia.

Neste artigo, vamos explicar o que é o transtorno bipolar, quais são os seus tipos, sintomas, causas e tratamentos.

Também vamos dar algumas dicas de como lidar com o transtorno bipolar, tanto para quem tem a condição quanto para quem convive com alguém que tem. Por fim, vamos responder algumas dúvidas comuns sobre o tema e convidá-lo a deixar a sua opinião e sugestões.Transtorno Bipolar: 5 Formas de Compreender e Gerenciar os Altos e Baixos

O que é o transtorno bipolar e qual a sua relevância?

O transtorno bipolar é uma doença mental que se caracteriza por alterações extremas e anormais do humor.

Essas alterações podem durar de horas a meses, dependendo do tipo e da gravidade do transtorno. Esse transtorno afeta cerca de 1% da população mundial, sendo mais comum em adultos jovens e em mulheres.

O transtorno bipolar pode ter um impacto negativo na qualidade de vida, nas relações sociais, no desempenho profissional e na saúde física de quem tem a condição.

Além disso, ele está associado a um maior risco de suicídio, abuso de substâncias, doenças cardiovasculares e outras complicações. Por isso, é importante reconhecer os sinais e sintomas do transtorno bipolar e buscar ajuda médica especializada.

Quais são os tipos e os sintomas do transtorno bipolar?

Existem diferentes tipos, que variam de acordo com a frequência, a duração e a intensidade dos episódios de mania e de depressão.

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Os principais tipos são:

  • Transtorno bipolar I: é o tipo mais grave, em que a pessoa tem pelo menos um episódio de mania que dura mais de uma semana ou que requer hospitalização. A pessoa também pode ter episódios de depressão que duram pelo menos duas semanas. Os episódios de mania podem causar sintomas como euforia, irritabilidade, agitação, impulsividade, delírios, alucinações e comportamentos de risco.
  • Transtorno bipolar II: é o tipo mais comum, em que a pessoa tem pelo menos um episódio de hipomania e um episódio de depressão. A hipomania é uma forma mais leve de mania, que dura pelo menos quatro dias e não interfere significativamente na vida da pessoa. Os sintomas da hipomania podem incluir otimismo, aumento da energia, criatividade, fala acelerada e distração.
  • Transtorno ciclotímico: é o tipo mais leve, em que a pessoa tem vários episódios de hipomania e de depressão leve, que duram pelo menos dois anos. Os sintomas da depressão leve podem envolver tristeza, desânimo, baixa autoestima, falta de interesse e alterações do sono e do apetite.

Além desses tipos, existem outras formas de transtorno bipolar, como:

  1. O transtorno bipolar não especificado,
  2. O transtorno bipolar induzido por substâncias ou por condições médicas,
  3. O transtorno bipolar com características mistas, em que a pessoa tem sintomas de mania e de depressão ao mesmo tempo ou em rápida sucessão.

Quais são as causas e os tratamentos do transtorno bipolar?

As causas  ainda não são totalmente esclarecidas, mas acredita-se que envolvam fatores genéticos, biológicos, psicológicos e ambientais.

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Alguns desses fatores são:

  • Histórico familiar: ter parentes de primeiro grau com transtorno bipolar aumenta as chances de desenvolver a condição.
  • Alterações cerebrais: pessoas com transtorno bipolar podem ter diferenças na estrutura e na função de algumas áreas do cérebro, especialmente as relacionadas ao controle das emoções, da memória e do raciocínio.
  • Desequilíbrio químico: pessoas com transtorno bipolar podem ter alterações nos níveis de alguns neurotransmissores, como a serotonina, a dopamina e o ácido gama-aminobutírico (GABA), que são substâncias que regulam o humor, a motivação e o estresse.
  • Estresse: situações de estresse, como traumas, perdas, conflitos, mudanças e pressões, podem desencadear ou agravar os episódios de mania e de depressão.

O tratamento é feito com medicamentos e psicoterapia, que devem ser indicados e acompanhados por um médico psiquiatra.

Os medicamentos mais usados são os estabilizadores de humor, como o lítio, o valproato e a lamotrigina, que ajudam a prevenir e a reduzir a intensidade e a duração dos episódios de mania e de depressão.

Outros medicamentos que podem ser usados são os antipsicóticos, os antidepressivos e os ansiolíticos, que atuam sobre os sintomas específicos de cada fase.

A psicoterapia é um complemento importante do tratamento medicamentoso, pois ajuda a pessoa a entender e a lidar com o seu transtorno, a reconhecer e a evitar os gatilhos, a melhorar a sua autoestima e a sua autoconfiança, a fortalecer os seus relacionamentos e a desenvolver habilidades de enfrentamento e de resolução de problemas.

As modalidades de psicoterapia mais indicadas para o transtorno bipolar são a terapia cognitivo-comportamental, a terapia interpessoal e a psicoeducação.

Quais são as dicas para lidar com o transtorno?

Além de seguir o tratamento adequado, existem algumas dicas que podem ajudar a pessoa com esse transtorno a ter uma vida mais equilibrada e saudável.

Algumas dessas dicas são:

  • Manter uma rotina regular: ter horários fixos para dormir, acordar, se alimentar, trabalhar e se divertir pode ajudar a manter o ritmo biológico e a evitar as oscilações de humor.
  • Cuidar da alimentação: consumir alimentos nutritivos e evitar o excesso de cafeína, álcool e outras drogas pode contribuir para o bem-estar físico e mental.
  • Praticar atividade física: fazer exercícios moderados e regulares pode liberar endorfinas, que são hormônios que promovem o prazer e o relaxamento, além de melhorar a saúde cardiovascular e a autoimagem.
  • Buscar apoio social: contar com o suporte de familiares, amigos, grupos de autoajuda e profissionais pode facilitar o enfrentamento das dificuldades, a adesão ao tratamento e a recuperação da autoestima e da confiança.
  • Monitorar o humor: anotar os seus sentimentos, pensamentos e comportamentos em um diário ou em um aplicativo pode ajudar a identificar os padrões, os sinais de alerta e os fatores desencadeantes dos episódios de mania e de depressão, além de permitir uma avaliação mais precisa do tratamento.

Quais são as dúvidas comuns sobre o transtorno bipolar?

Algumas das dúvidas mais frequentes sobre o transtorno bipolar são: 

O transtorno bipolar é contagioso?

Não, o transtorno não é uma doença infecciosa, que possa ser transmitida de uma pessoa para outra. É uma doença mental, que afeta o funcionamento do cérebro e do sistema nervoso.

No entanto, conviver com alguém que tem transtorno bipolar pode ser desafiador e estressante, e pode afetar o bem-estar emocional e a saúde de quem cuida. Por isso, é importante que os familiares e amigos também busquem apoio psicológico e se informem sobre a condição.

O transtorno bipolar é uma desculpa para o mau comportamento?

Não, o transtorno não é uma desculpa nem uma escolha. O transtorno bipolar é uma doença séria, que interfere na capacidade de julgamento, na percepção da realidade e no controle dos impulsos de quem tem a condição.

As pessoas com transtorno não são culpadas pelos seus sintomas, mas são responsáveis pelo seu tratamento e pela sua recuperação.

O tratamento adequado pode ajudar a reduzir os efeitos negativos do transtorno bipolar na vida pessoal, profissional e social.

O transtorno bipolar tem cura?

Não, o transtorno bipolar é uma condição crônica, que não tem uma causa única nem um tratamento definitivo. No entanto, com o tratamento adequado e o acompanhamento médico, é possível controlar os sintomas, prevenir as recaídas e ter uma boa qualidade de vida.

O transtorno bipolar é hereditário?

Sim, o transtorno bipolar tem uma forte componente genética, mas isso não significa que seja determinístico. Ou seja, ter um parente com transtorno aumenta as chances de desenvolver a condição, mas não garante que isso vai acontecer.

Além dos fatores genéticos, existem outros fatores que podem influenciar o surgimento e o curso do transtorno bipolar, como o estresse, o ambiente e o estilo de vida.

Conclusão

O transtorno bipolar é uma condição complexa, que requer atenção e cuidado. Quem tem transtorno pode ter uma vida plena e produtiva, desde que siga o tratamento indicado e adote hábitos saudáveis.

Quem convive com alguém que tem transtorno bipolar pode oferecer apoio, compreensão e respeito, sem deixar de cuidar de si mesmo. O transtorno não é um obstáculo intransponível, mas um desafio que pode ser superado com informação, tratamento e apoio.

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